sábado, outubro 16, 2010

A sereia e o marujo. Ela não consegue encontrar amor no mar.

Eram dois inocentes. 
Incomodados com a presença um do outro,
Com o sentimento que surgiu com o choque dos olhares.


Ela se assustou,
Ele se entregou.
Não foi um caminho fácil para nenhum dos dois.


Ele era o marujo, e ela a sereia.
Mas ela se sentia como a pedra em que se sentava,
Fria, dura e distante.
Se sentava na pedra, para não tocar no mar.
Mar este em que ela o fazia afundar.
Ele inocente, atravessaria o oceano para lhe tocar,
Ela indiferente, correria o mundo para longe dele ficar.


Ele queria ama-la,
Ela tinha medo de tentar.


Ela se sentia culpada por ter feito com que ele se jogasse ao mar,
Ele não entendia o porque dela nunca se aproximar.


Ele queria chegar aonde ela mais temia.
No frio, duro e distante coração.
No fim,
Nenhum dos dois tolos inocentes soube que rumo tomar.


Mas o mar, pobre mar, ficou sem o canto da sereia, e sem um barco, que a pouco começou a voltar pro seu lar.



Anita Hassin ≈

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