sexta-feira, novembro 26, 2010

não diga nada, mas diga.

Eu poderia agora, escrever abobrinhas.. sobre o fato de ser, ou ainda sobre os trovões que insistem em me  culpar por estar aqui.
Eu poderia falar da chuva e do amor. Poderia falar das coisas mais complicadas que existem no mundo.
Mas eu simplesmente não quero falar de nada.
Não porque não há nada para se falar, mas porque há uma estranha auréola que envolve o nada como se ele fosse simplesmente vazio e cheio de nada.
De fato, a minha última suposição está correta, mas o nada é uma coisa árdua de se aceitar, e ainda mais de se entender.
É tolo quem acha que na vida se tem tudo. O tudo é como os céus.. fácil de se ver, difícil de se aproximar.
O nada é talvez a coisa mais presente em nossas vidas e nos o ignoramos. Assim como ignoramos a morte.
O nada é uma ironia. É uma totalidade.
E de novo venho dizer que não quero falar abobrinhas. E não quero falar sobre o nada.
Falemos da chuva, que é mais fácil de ser compreendida.