quarta-feira, março 20, 2013

O nascimento de uma nova ilusão, minha salvação.

Call me, under the sea
in a submarine.
Under the rainbow
in the seventh sea.

I may listen,
answer
and start to seek you.
I may call you from the stars,
upon the clouds
and under the sun,
in the deepest sky.

domingo, fevereiro 03, 2013

Onde se compra inspiração?

Faz um bom tempo desde minha última postagem, ou tentativa de uma...
Não quero me explicar muito, mesmo achando necessário.
O fato é que eu não tenho mais inspiração para escrever poemas ou histórias, tudo o que eu faço agora é escrever sobre minha vida e como eu a vejo - é só.
Não tem mais sereias, marujos, pescadores, lua, sol, cabelos ao vento, amores e qualquer outra coisa que eu já tenha escrito sobre.
Me sinto vazia, livre mas vazia. Não sei exatamente quando me esvaziei, ou se estou sequer vazia, mas é assim que me sinto, e tornou-se, portanto, minha verdade.
Talvez tenha sido a enxurrada de dissertação pro enem que eu fiz... ser imparcial, não escrever na primeira pessoa, todos aqueles assuntos não poéticos... 

Em contra mão, tenho pensado. Porém, sou ainda incapaz de fazer as palavras transcorrerem pelas minhas mãos para o papel.

Acho que a metáfora ideal para mim agora é uma caneta tinteiro sem tinta. Talvez eu deva comprar mais cartuchos na loja... Mas, onde se compra inspiração?

segunda-feira, maio 28, 2012

Atribuída a Lua a função de iluminar...


Estava o resto da poeira ainda quente pelo Sol que as iluminou.
E sob pesos distribuídos igualmente sobre pernas,
apareceu uma menina,
encantada com um sorriso,
que mesmo ao longe via, e retribuía.

Atribuída a essa menina a função de amar...

Estava o resto das suas lembranças ainda aquecidas pelo abraço que a tocou.
E sob o peso distribuído igualmente em seu coração,
apareceu um menino,
que sorria.

domingo, fevereiro 19, 2012

"O sonho posposto ao desejo é a virtude final que se presencia nos olhos daquele que espera, e sempre se decepciona."

Anita H.

domingo, novembro 13, 2011

é mais que saber, é ser.

Eram seis horas, e ela não sabia. Estava feliz sem saber.
De repente a avisavam, ela se espantava se queixava e silenciava-se.

Respirava, digeria a informação e ouvia um murmúrio, um lamento, uma canção.

Observava, se questionava novamente, e perguntava das horas,
Eram seis e cinco, informavam.
Não se questionava ou se debatia, aceitava e silenciava.
Simplesmente acenava com a cabeça e a abaixava, tentava inutilmente compreender o que uma duas ou mais vozes tentavam falar, gritar, cantar...

Respirava, contemplava o que ela mesma não sabia e não ouvia.

Encarava-me, como se eu tivesse feito algo errado, como se a culpa do entardecer fosse minha.
Mas ela não sabia que horas eram. Nunca saberia, nunca soubera.
Nunca saberia o que falavam, o porque falavam e nem que dia era hoje.
Para ela não existiam dias, existia o agora.
O agora inconsciente, sem hora, sem dia, sem vozes.
E ela era feliz assim,
Era feliz por não saber, por não ouvir, por não perceber.
Era feliz, e nunca sequer precisou saber pra que.

ela esquecia...

Caminhava enquanto se esquecia,
E abria os olhos e via,
Era a vida.

Fechava os olhos, se lembrava
De tudo aquilo que no próximo segundo,
Esqueceria.

Esquecia que caminhava e vivia,
Vivia para esquecer que caminhava.
Ela só sabia que abria e fechava os olhos,
De resto, só vivia.

eram três, restam dois

Tivera um amor, dois amores,
Amara.
Amava.
Amou.

Caminhou um dia, dois dias,
Vivera,
Vivia,
Continuaria vivendo.
[e amando.

sexta-feira, julho 01, 2011

Desafiar o “indesafiável”, a tentava. Ela vivia de tentar e de tentações. Mas mesmo assim tinha medo de tentar. E sempre que tentava, só tentava e desistia. Enganava-se. Vivia ela, verdadeiramente, de se enganar. E era só o que conseguia e gostava de fazer. Enganar-se a fazia parar de tentar. E sempre que tentava se enganar conseguia. Seu mérito não poderia ser mais bem direcionado. Enganava-se tão bem quanto fingia. E de falsidade ela vivia a vida. Não se sabe nem como nem porque, mas a falsa vida a atraia. Deslumbrava-se com a facilidade de falsamente se enganar e de falsamente tentar. E sempre conseguia. Daí surgia sua felicidade. E era falsa consigo mesma. E gostava, e se enganava, e tentava. Tentava não tentar, tentava não enganar, tentava não gostar. Mas a parte obscura da vida sempre a atraía. E na parte obscura é que ela vivia.
Não me foi dado o dom do raciocínio lógico, e é por isso que tão inconscientemente sinto com a cabeça.
Não me julgue agora por isso ou por ser assim,
as coisas acontecem antes de acontecer.

E o que já havia acontecido,
um momento antes,
eu não sei muito bem quando,
é que de repente meu cérebro começou a pulsar.

Ali se formou meu coração.

Tão pobre quanto os pulsos que um dia pretendia ou fingia dar.

Pobre falso coração.
Pobres são também seus pensamentos ou suas tentativas.

Ele vivia de tentar,
tentar aos outros
e tentar para si próprio.

Falhava na última.

Mas pobre mesmo sou eu,
a menina com um coração na cabeça.

domingo, maio 15, 2011

the end has no end.

Porque meu fim, meu amado, inesperado e tão temível fim, foi só meu e de ninguém mais.
Ninguém, nenhum outro alguém quis compartilhar da minha paz.
E a cada dia que passa, me infiltro mais na liberdade do ser e do estar.
Porque meu fim também é meu começo.
E de vários começos e recomeços eu fiz um fim.  
Meu fim.